quinta-feira, 19 de março de 2015

Entrevista com a autora Claudia Hackbart de "Se o destino soprar?"

Bom Dia Leitores,
Hoje trago mais uma super entrevista para vocês realizada com a autora Claudia Hackbart (ou Lovinha), como comentei no post anterior tenho o prazer de conhecer a Claudia pessoalmente e sei que pessoa especial ela é. Fiquei muito feliz quando ela aceitou responder algumas perguntas aqui para o blog e hoje vou dividir um pouco da opinião dela autora com vocês. Espero que gostem tanto quanto eu gostei e não esqueçam de comentar.


1 - Quem é Claudia Hackbart? Pode nos contar como surgiu seu apelido de Lovinha (achei super fofo isso no livro)?
Sou uma eterna sonhadora, romântica ao extremo, escritora recém-nascida, esposa e mãe apaixonada, formada em Magistério, Pedagogia e Psicopedagogia.
Lovinha veio do meu pai, como eu adorava (adoro) os contos de fada, ele costumava contar antes de dormir, e certa vez, incluiu-me nos contos e batizou: “Você irá se chamar Princesa Lovinha!” 

2- Você lembra quando e como surgiu a sua vocação para a escrita?
Assim que me alfabetizei, passei a fazer uso de diários (até os 11 anos) e depois passei para as agendas (até hoje). Neles eu registrava (registro) todos os dias, os pontos positivos e negativos, anseios e ansiedades, sucessos e fracassos, ilusões e desilusões, amores e desamores. Houve dias que escrevi duas linhas, em outros duas páginas. 

3 - Quantos livros você já escreveu? E quantos já publicou?
Eu escrevi dois livros, um já publicado e tenho mais três iniciados.

4- Há algum tema específico sobre o qual você goste de escrever?
Eu prefiro escrever sobre o amor, adoro um romance empolgante e emocionante, mas também escrevo sobre outros temas.

5 – Você é uma leitora eclética? Tem algum autor ou livro preferido?
Não gosto muito de terror, monstros e vampiros. Meu autor preferido é Machado de Assis, por suas grandes descrições de cenários, seu humor filosófico e pelos momentos em que ele para a narrativa para propor uma reflexão. (me inspiro muito nele). 
O meu livro preferido é “O Pequeno Príncipe”, por contar com um alto valor poético e filosófico. Também tem valor sentimental, a minha mãe presenteou-me e leu pra mim quando eu tinha 8 anos, eu adorei! Então, com 21 anos eu o reencontrei e fiz uma nova leitura, atribuindo novos significados, uma nova interpretação. Foi um despertar para o valor das coisas mais simples, o não levar a vida tão a sério.

6 – Além de escrever você possui algum outro hobby?
Além dos livros, minhas paixões são: o cinema, uma boa música e a dança.

7 - Como é o seu processo criativo?
Eu sempre fui uma boa observadora. Depois que comecei a escrever, eu crio em todos os lugares: numa reunião de família, conversando com amigos, andando na rua...   eu fico prestando atenção nas reações das pessoas, seus gestos e palavras e quando surge algo interessante, eu memorizo e depois tento encaixar em algum “buraco” na história.

8 – Qual foi o momento que te marcou mais nessa carreira de escritora?
O momento mais marcante foi os primeiros e-mails e mensagens de pessoas que eu não conhecia parabenizando-me.  “Ufa! Dever cumprido!”. O reconhecimento dá um “gás” e inspira-me mais.

9 - Quando você escreve, já sabe qual será o desfecho da trama ou a história dita as regras?
Eu sempre sei onde quero chegar, qual é a moral da história, mas claro que o desenrolar é sempre imprevisível, vai surgindo e ganhando novas formas a cada dia.

10- De onde surgiu a ideia para o livro E se o destino soprar? Pode nos contar um pouquinho sobre ele?
Hoje eu entendo que foi o Destino soprando... Bom, eu tentarei resumir: numa de minhas mudanças (há 7 anos), deparo-me com 5 “baitas” caixas repletas de diários e agendas. Como estava indo pra um espaço menor, era preciso desapegar, porém era muito difícil desfazer-me daqueles “pedacinhos de vida”.  Já tínhamos evoluído para a internet, então tive a ideia (só pra não colocar fora) de passar para o computador. Depois de 1 ano, me desfiz da última agenda, então fiz uma leitura e passei a perceber que “a coisa” estava ganhando uma forma boa, estava me agradando. A partir daí, fui enriquecendo cenários e criando diálogos.

11 – Em várias partes do livro somos levados a pensar sobre nosso destino e como somos responsáveis ou não por ele. Como você definiria o destino na vida das pessoas?
Acredito que temos, sim, um destino traçado por caminhos que nos são oferecidos, mas não são impostos. Algumas pessoas, simplesmente, não caminham o caminho e ficam acomodadas esperando as coisas que o destino tem pra elas. E sendo possuidores do livre arbítrio, temos o poder de decisão nas escolhas, por exemplo olhar para os dois lados ao atravessar a rua, se acontecer um acidente é descuido e não destino. E muitas pessoas estão confundindo mau gerenciamento da vida, com destino.

12 – Sendo uma biografia, qual foi a parte do livro mais complicada para você escrever.
Uma autobiografia oferece-nos a chance de reencontrar nossas vivências, é o reviver tudo outra vez.  Eu me emocionei de novo (e várias vezes) pelas mesmas coisas, sorri, chorei, cantei e xinguei (rsrs). Os bons momentos foi um prazer, suspirei e delirei; nos ruins deu até para trabalhar o trauma, porque fui colocando tudo pra fora, é uma boa forma de terapia (super aconselho).  
A parte mais complicada de escrever foi com relação à doença da minha mãe e todo o processo que envolveu, pois tive que escrever e reler várias vezes para transcrever a emoção envolvida.

13 – Em várias partes do livro você expõe sua opinião sobre assuntos bastante polêmicos: como a Eutanásia e a Inseminação Artificial. Em algum momento você teve medo de expor suas ideias por pensar no que os outros iriam achar?
É bem complicado essa questão de opinião, mas como eu sou o tipo de pessoa que respeita a opinião alheia, espero sempre o respeito também. Já ouvi críticas quanto a isso, mas sei que faz parte.

14 – Você se considera uma pessoa religiosa? Como Deus é tratado na sua vida?
Embora frequente a igreja Luterana e a Católica, a minha religião é Deus, porque acredito que não importa onde a gente está, e sim quem somos e o que fazemos. Até porque não temos certeza de nada, de quem está com a razão, o que importa de verdade é a índole, e para boa índole não há lugar no inferno.

15- Se tivesse a chance de voltar no passado, você mudaria alguma coisa?
Acredito que esta é uma das únicas perguntas que a resposta é unânime (por mais que se diga que não) Siiiiiim, mudaria algumas coisas como: não dizer alguma coisa, ou dizer o que não foi dito...

16 - Você acha que a literatura brasileira está sofrendo uma mudança atualmente, as pessoas estão prestigiando mais os autores nacionais? E como anda a qualidade de nossas histórias?
Ainda há muito preconceito com a nova geração de escritores nacionais e regionais, mas já dá para perceber uma grande evolução. Eu, por exemplo, faz uns quatro anos que me dedico quase que exclusivamente a literatura nacional e confesso que tenho me surpreendido cada vez mais. Temos muita coisa boa aqui também. O que está faltando é apoio por parte da sociedade, porque o pessoal lá de fora raramente importa alguma coisa nossa, mas a gente acaba enaltecendo tudo o que vem de fora, perdendo a chance de valorizar o que é nosso. Às vezes, tenho a impressão de que algumas pessoas têm preconceito para ler um livro nacional que não seja “daqueles escritores” consagrados (claro que eles são os caras), mas vamos dar uma chance para quem está começando, né?

17 - Você está trabalhando em algum novo projeto atualmente? Pode nos contar um pouquinho mais sobre ele?
Como estou com um livro recém-nascido nas mãos, tenho me dedicado mais a ele, pois requer muita atenção. Mas sempre que sobra um tempinho, dou atenção as minhas outras três “gestações”, pois pretendo publicar o segundo livro ainda este ano. 


Para você:


Escrever é... o dom de proporcionar emoções, transmitir conhecimentos, exprimir sentimentos e recriar o mundo. É transformar: sonhos em realidade, dúvidas em certezas, ódio em amor, rancor em perdão (não necessariamente na mesma ordem rsrs) Pra mim, escrever é uma necessidade básica como respirar, dormir, comer e amar.
Livros são... bons conselheiros, pacientes amigos, adoráveis companhias.
Inspiração literária... os acontecimentos e as estações da vida.
Um livro: O Pequeno Príncipe
Um personagem: Brás Cubas
Um(a) autor(a): Machado de Assis
Um Sonho... A utopia de colocar a humanidade de volta a Terra.

Quer deixar um recado para os leitores?
Para as pessoas que tiverem a oportunidade de ler “E se” o Destino soprar?,  que além de oferecer  momentos de emoções e alegrias, também proporcione reflexões sobre a vida. 

Para adquirir: Direto comigo, nas minhas páginas do Facebook e G+

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Book Trailer:


Agradeço desde já a Claudia e só tenho desejar todo sucesso do mundo para ela.
Raquel Machado

21 comentários:

  1. Oi, Raquel! Tudo bem? Olha só, eu meio que "conheço" essa autora! E por sua causa mesmo! rs Tipo, quando publiquei a resenha de Vingança Mortal lá no blog ela (A Lovinha) veio comentar nela e deixou um comentário bem carinhoso! :3 Adorei a entrevista e fiquei curioso para ler o livro dela, ele parece ser ótimo! :)

    Abraço

    http://tonylucasblog.blogspot.com.br/

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    1. Olá Tony!!! Prazer em revê-lo. Obrigada pelo carinho e 1 baita abraço

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  2. Oi Raquel, tudo bom?
    Eu não conhecia a autora, mas adorei-a logo de cara.
    Que apelido mais fofo *-* hahaha
    Adorei a entrevista... Eu sempre quis manter agendas, mas nunca consegui haha :(
    Beijos ♥

    Thati Machado;
    http://nemteconto.org

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    1. Oiê Thati!!! Que mimosa você!!! 1 baita abraço e que o Destino sopre coisas boas pra você!!!

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  3. Oi, Raquel.

    Eu já conhecia a autora, muito querida e inteligente. O livro parece ser ótimo, daqueles que tocam fundo o coração. Adorei.

    beijos

    http://mundo-restrito.blogspot.com.br
    @rs_juliete

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    1. Olá Juliete, quanta satisfação!!! Obrigada pelo carinho e 1 baita abraço

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  4. Oi Raquel,
    Ainda não conhecia a autora, mas adorei a oportunidade de conhecê-la. A questão que mais me chamou atenção foi sobre o crescimento da literatura nacional. Sei que ainda há preconceitos, mas a qualidade dos livros nacionais está impecável e isso tem sido reconhecido! Essa semana mesmo eu estava conversando com minha sogra e ela começou a conversar comigo sobre um livro que eu a emprestei. Ela começou a fazer vários elogios e quando eu disse que é nacional ela ficou com um semblante surpreso. Sempre fico feliz em ver que autores brasileiros estão cada vez mais ganhando seu espaço!!
    Já sobre o livro da autora posso imaginar como deve ser sido delicado escrevê-lo. Uma biografia mexe com recordações talvez antes esquecidas...
    Adorei a origem do apelido *--*
    Beijos,

    versosenotas.blogspot.com.br

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    1. Olá Bárbara!!! Obrigada! Que o Destino sopre coisas boas pra você!!!

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  5. Olá!!

    Eu adoro entrevistas pra conhecer mais do autor.
    Eu não conhecia a Claudia nem li a obra, mas eu gostei do carisma da autora. Ela foi super atenciosa em responder as perguntas.
    Acho que essas divulgações são as melhores, porque dá uma visibilidade e eu sempre vou atras de pessoas mais carismáticas sabe?
    Gostei de saber do apelido e da forma como ela se dedica.
    Sucesso sempre!


    Beijinhos,
    www.entrechocolatesemusicas.com

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    1. Oiê Ana Paula!!! Que bom que gostaste da entrevista. Eu gosto muito dessa proximidade com o leitor e também adooooro a atenção que venho recebendo. 1 baita abraço querida

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  6. Adorei a entrevista, especialmente porque eu não conhecia essa autora.
    Agora eu to com mais vontade ainda de ler o livro dela.
    Mil Beijos!
    http://pensamentosdeumageminiana.blogspot.com.br/

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    1. Olá Gabriela!!! Fico feliz com o seu interesse e carinho, obrigada, e que o Destino sopre coisas boas pra você!!!

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  7. Oi Raquel! ^^
    Tudo bem?
    Não conhecia a autora! Adorei conhecer! Gostei muito da entrevista.
    Somos um tanto diferentes nos gostos. Eu leira o livro dela, mas como curiosidade. Romances, livros para refletir, não são muito minha praia. Prefiro viajar em uma fantasia.

    Beijusss;
    http://hipercriativa.blogspot.com.br/
    https://www.facebook.com/BlogMenteHipercriativa

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    1. Olá Helaina!!! Que bom que gostaste de conhecer um pouquinho de mim. Que o Destino sopre coisas boas pra você!!! 1 baita abraço

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  8. Gostei da entrevista Raquel. Achei as respostas da autora bem claras e sucintas. Beijo!

    www.newsnessa.com

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  9. Oi gurias!!! Raquel parabéns pela forma como conduziste as perguntas.Lovinha admiro tua postura e que lindo esse book trailer! já sou sua fã. bjs queridas

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  10. Oii Raquel, que bacana :)
    Vou poder conhecer a autora aqui na feira da minha cidade =D
    Nós vamos autografar no mesmo dia :3
    Ansiosa para conhecê-la. E o livro parece ser maravilhoso :)
    Um beijão
    http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Olá gih!!! Ansiosa também pra conhecê-la... Então até dia 15 de maio na feira do livro de Montenegro. 1 baita abraço

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