quarta-feira, 18 de junho de 2014

KriativaContos: Esqueceram de mim


Bom Dia Leitores,
Deixo hoje vocês com um conto escrito por mim para a oficina de escrita. Uma história quase verídica de minha pessoa. Espero que apreciem e não esqueçam de comentar.
Beijos
 


Esqueceram de mim

Por Raquel Machado

Era uma manhã de sexta-feira como outra qualquer, quando uma pequena menininha de sete anos acordou em sua cama. Ela desceu para encontrar seus pais na cozinha, porém eles não estavam lá, procurou por toda a casa, mas não os encontrou. Onde eles poderiam ter ido sem ela?

Preocupada começou a pensar: E se eles a esqueceram em casa? Então lembrou-se da rotina e sabia que se isso aconteceu eles poderiam estar em um só lugar. Na casa da avó, pois eles iam para lá todos os dias.

Convicta que deveria ter acontecido isso, partiu em rumo a casa da avó para encontrá-los, porém para isso teria que cruzar a cidade. Com a mochila pronta, munida de alguns doces e salgadinhos, escreveu um bilhete para seus pais, e o deixou em cima da mesa.

Como não tinha a chave da casa, abriu a porta da garagem. Porém a menininha era muito pequena, então para fechar a mesma teve que usar um cabo de vassoura. Em seguida correu pegar o primeiro ônibus para o centro da cidade.

Como ela já tinha feito esse caminho inúmeras vezes com seu pai não estava preocupada. Aguardou a parada e desceu. Em seguida foi pegar o próximo ônibus.

A menina estava aprendendo a ler, porém os ônibus passavam depressa demais e esta não conseguia acompanhar todas as letras. Com medo de perder o ônibus entrou no primeiro que conseguiu acompanhar as primeiras letras. O motorista e a cobradora acharam muito estranho, uma criança daquele tamanho sozinha, mas nada falaram.

O caminho seguiu normal, até que ela se deu conta que o ônibus estava fazendo um caminho diferente do de costume, então decidiu perguntar.

A cobradora pediu onde ela estava indo e esta explicou o caminho da casa da avó, que ficava no bairro Salgado Filho. O problema é que ela tinha entrado no ônibus Santa Catarina. O motorista compadecido decidiu ajudar e desviou o caminho do ônibus a deixando na última parada do bairro Salgado Filho. Ela agradeceu os dois e desceu indo em direção à casa da avó.

Enquanto isso os pais da menina que tinham ido à feira voltaram para casa e foram acordar a filha que tinham deixado dormindo. Qual sua surpresa ao não encontrar ela, em nenhum lugar da casa. A mãe desesperada ligou para polícia, enquanto o pai pediu para os vizinhos se alguém tinha visto algo de estranho, quando um deles diz que a menina entrou em um ônibus. Aonde a filha poderia ter ido sozinha? Quando o pai se lembrou da avó e os dois saem apressados.

Chegando lá encontraram a pequena tomando um belo café da manhã que a avó tinha feito com um belo sorriso no rosto. Mas o que aconteceu com o bilhete? Bem, ele foi achado alguns dias depois, debaixo da mesa, pois havia voado com o vento. 

3 comentários:

  1. Oi, Kell
    Sorria enquanto lia teu conto, relembrando tua aventura e pensando o quanto teu raciocínio é rápido desde tão tenra idade.
    Adorei!!!
    Bjs
    Mony

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  2. Olá.
    Ah, que graça esse texto, quase verídico ainda! UAHSUA Adorei, parabéns.

    Beijos, Vanessa.
    This Adorable Thing
    http://thisadorablething.blogspot.com.br/

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  3. Gostei do texto, mas confesso que algumas palavras atrapalharam um pouco minha compreensão mas depois pensei que deve ser o regionalismo (a forma como vcs falam no sul é diferente da nossa aqui no nordeste, enfim relevei).
    Seu texto me fez pensar no perigo do abandono de incapaz (lei), nesse caso os pais acreditaram que conseguiriam voltar da feira antes da menina acorda e a deixaram sozinha. Pense nos perigos que essa criatura poderia ter passado??? Que medo.
    Mas parabéns pelo texto. Beijos

    Leituras, vida e paixões!!!

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